Poema recém-saído do forno, da poeta universal, nascida, por acaso, na Bahia, Patrícia Mendes.
Sobre a Memória Afeitva
A memória é o amparo
de uma vida
retida nos quintais.
É o consolo do afeto distorcido,
sem abrigo.
É ópera delirante: a cigana de Bizet em 4 tempos.
Na memória invento a vida
sobre o palco
e costuro a cena
traduzida em cada ato.
Na memória reinvento
a "poética do espaço'
e escuto aplausos.
Patrícia Mendes (14/10/2012)