quinta-feira, 8 de novembro de 2012

FLOR NO CAOS


City Center
Fios, muitos fios
Lágrimas: rios, muitos rios
Olhos duros, concreto
Local suspeito, peitos
Polenização
Flor no caos
Poesia em quarto de hotel



Stadt Zentrum
Drähte, viele Drähte
Tränen: Flüsse, viele Flüsse
harte Augen, konkretes
lokaler Verdacht, Brüste
Pepuderte
Blumen im Chaos
Poesie im Hotelzimmer

Marco Kipman, 2.11.2012
Übersetzung deutsch: Marco Libener

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Viver³

Se for para morrer de morte matada, 
que o crime seja passional.
Ser for para morrer de morte morrida, 
que seja pleno carnaval.

                                                     Marco Kipman

Poesia, em prosa, de Elmir Mateus


O fundo do poço, atual morada da minha alma, tem me parecido um lugar muito interessante. Aqui não há vontade de fazer muita coisa, há muita saudade dos bons amigos e dos bons momentos já vividos; há saudade... Mas há também um descontrole fantástico, me sinto como elétrons insanos que buscam, a todo momento, algo capaz de promover a autorrealização, uma busca muito caótica por algo que se possa c
hamar de FELICIDADE; entretanto isso é só fantasia, é só na mente, pura imaginação, elocubração, enfim. Sempre ouvi dizer e também profetizei algumas vezes, que o fundo do poço é necessário por ser o lugar onde os pés encontram superfície para dar impulso e trazer o corpo de volta à superfície.
Mas e se o poço estiver vazio?

Elmir Mateus

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sobre a Memória Afetiva (Patrícia Mendes)

Poema recém-saído do forno, da poeta universal, nascida, por acaso, na Bahia, Patrícia Mendes. 

Sobre a Memória Afeitva

A memória é o amparo
de uma vida
retida nos quintais.
É o consolo do afeto distorcido,
sem abrigo.
É ópera delirante: a cigana de Bizet em 4 tempos.
Na memória invento a vida
sobre o palco
e costuro a cena
traduzida em cada ato.
Na memória reinvento
a "poética do espaço'
e escuto aplausos.

Patrícia Mendes (14/10/2012)